Suspensão de operações conjuntas da PRF gera forte reação política

Suspensão de operações conjuntas da PRF gera forte reação política

A decisão do Ministério da Justiça de suspender as operações conjuntas da Polícia Rodoviária Federal (PRF) com órgãos como os Ministérios Públicos Estaduais e as Forças Integradas de Combate ao Crime Organizado (Ficcos), gerou forte reação no meio político e sindical.

A medida foi formalizada pelo Ofício-Circular nº 3/2025/DG, com base na Portaria nº 830/2024 do Ministério da Justiça e Segurança Pública. O documento determina o encerramento dos acordos e o retorno de servidores, veículos e equipamentos alocados junto a órgãos parceiros.

Repercussão no Congresso

No Congresso Nacional, parlamentares criticaram a decisão e cobraram explicações do ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski. Deputados como Adriana Ventura (Novo-SP), Alberto Fraga (PL-DF), Gilson Marques (Novo-SC) e Marcel Van Hattem (Novo-RS) protocolaram Requerimentos de Informação (RIC) exigindo um posicionamento oficial sobre o tema.

Além disso, o deputado Nicoletti (UNIÃO-RR) apresentou um requerimento de indicação legislativa ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, solicitando, em caráter de urgência, a revisão da Portaria nº 830/2024 e a revogação do Ofício-Circular nº 3/2025/DG-PRF.

Críticas do Sistema Sindical PRF

O Sistema Sindical PRF classificou a medida como um retrocesso na segurança pública, alertando que a suspensão das operações conjuntas favorece o crime organizado e contraria as melhores práticas internacionais.

A entidade também reforça que é essencial garantir segurança jurídica para que os Policiais Rodoviários Federais possam atuar no combate ao crime, seja na atividade ordinária ou por meio da articulação com outros órgãos.

O Sistema Sindical PRF tem mobilizado parlamentares, imprensa e sociedade para discutir os impactos da decisão. O tema já ganhou destaque na mídia nacional, e a pressão por uma revisão da medida cresce nos bastidores políticos.