CCJ da Câmara dos Deputados aprova constitucionalidade da PEC da Segurança Pública

CCJ da Câmara dos Deputados aprova constitucionalidade da PEC da Segurança Pública

Em votação híbrida, os membros da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC) da Câmara dos Deputados aprovaram, nesta terça-feira (15), a admissibilidade da PEC da Segurança Pública (PEC nº 18, de 2025). O relatório teve 43 votos a favor da aprovação e 23 pela reprovação.

Agora, a PEC seguirá para análise de uma Comissão Especial a ser criada para análise do mérito da proposta.

O Relator da PEC na CCJC, deputado federal Mendonça Filho (União-PE), apresentou subemendas para suprimir dois dispositivos da proposta original, por ferir cláusulas pétreas: um que concentrava poderes na União e outro que estabelecia a exclusividade da Polícia Federal e das Polícias Civis na apuração de infrações penais, restringindo assim a atuação da PRF e de outras instituições no combate ao crime.

Segundo o texto aprovado, os PRFs serão responsáveis pelo patrulhamento ostensivo das hidrovias e ferrovias federais, além das rodovias federais, além de poder atuar na segurança de bens, serviços e instalações federais; em auxílio, emergencial e temporário, às forças de segurança pública estaduais ou distritais, quando requerido por seus governadores; e em situações de calamidade pública e desastres naturais.

O presidente da FenaPRF destacou o trabalho constante do Sistema Sindical PRF em prol de uma reforma do sistema de segurança pública, sempre articulando com o Governo Federal e com parlamentares para garantir segurança jurídica e avanços para os PRFs. “Realizamos uma articulação intensa com membros do governo federal e com parlamentares em torno da PEC. Precisamos de segurança jurídica, além de garantir avanços reais em áreas fundamentais como o ciclo completo de polícia”, analisou Tácio Melo.

Para o deputado federal José Medeiros (PL/MT), que é Policial Rodoviário Federal, o modelo atual de segurança pública brasileiro, que é baseado no inquérito policial, é ineficiente e burocrático. “Vi muitas vezes o Policial Rodoviário Federal passar 3 ou 4 horas para lavrar um flagrante de cachaça. Por causa de um bêbado os policiais ficam lá por horas, tudo porque o delegado não tinha chegado ainda para assinar um papel”, discursou.

A análise na CCJC se refere apenas se o teor do texto da PEC não fere princípios constitucionais e cláusulas pétreas. Agora, a proposta terá o mérito analisado por uma Comissão Especial formada por deputados e, após aprovada, será analisada pelo plenário da Câmara em dois turnos.

O Sistema Sindical dos PRFs seguirá acompanhando de perto e trabalhando para garantir avanços reais para a segurança pública brasileira.

Fonte: FenaPRF