Vacinação H1N1
No final de Junho, nosso Sindicato encaminhou à Regional um Ofício requerendo a disponibilização de vacinação contra H1N1 para os PRFs. O Ofício argumentava sobre o risco de contágio a que os servidores estão expostos em seu trabalho cotidiano, a alertava também para o próprio interesse da Administração em manter o efetivo ativo em condições de trabalho, combatendo o absenteísmo.
Nós cobramos que a Regional solicitasse, de forma emergencial, à área de saúde do Órgão, ao Ministério da Saúde e à Secretaria de Estado da Saúde, a disponibilização da vacinação; e que, a médio prazo, incluísse a campanha na previsão da disponibilização orçamentária da Regional, instruindo processo licitatório para aquisição das vacinas.
Juntamos ao Ofício algumas matérias de circulação na grande imprensa, que apontavam para a urgência da medida ao divulgar as diversas mortes no Estado de São Paulo.
A Regional abriu o processo SEI nº 08658.068209/2016-23, encaminhou Ofício de resposta ao Sindicato (Ofício nº 16/2016 – SEI 2091914), e fez evoluir o processo à Divisão de Saúde, onde se encontra desde 13 de Junho.
No ofício de resposta, a Regional reconhece a importância da vacinação, que segundo informações do Ministério da Saúde em sua página na Internet, seria a intervenção mais importante na redução do impacto da influenza, mas acrescenta que o foco do governo seriam grupos prioritários: Crianças de 6 meses a menores de 5 anos; Gestantes; Puérperas; Trabalhador de saúde; Povos indígenas; Indivíduos com 60 anos ou mais de idade; População privada de liberdade; Funcionários do sistema prisional; Pessoas portadoras de doenças crônicas não transmissíveis; e Pessoas portadoras de outras condições clínicas especiais (doença respiratória crônica, doença cardíaca crônica, doença renal crônica, doença hepática crônica, doença neurológica crônica, diabetes, imunossupressão, obesos, transplantados e portadores de trissomias). Tudo conforme informe técnico disponibilizado pelo Ministério da Saúde no endereço eletrônico.
A Regional informou ainda que “em outros anos houve a solicitação de 100 doses à Secretaria de Estado da Saúde que disponibilizou aos nossos servidores, tendo sido baixíssima a procura (menos de 20 pessoas imunizadas)” e também que: “novamente este ano essa Superintendência Regional, por meio da área de saúde ligada ao PROSSERV, entrou em contado com a Secretaria da Saúde que informou que, devido a grande procura não, seria possível disponibilizar aos nossos servidores; que, após o ofício da entidade de classe, esta SRH entrou novamente em contato com a Secretaria estadual, reiterando a solicitação, e que segundo a equipe do Centro de Vigilância da Coordenação de Imunização verificará a possibilidade de fornecimento da vacina; e que, diante do costumeiro atendimento pela Secretaria de Estado da Saúde às nossas solicitações, nunca foi feito projeto regional solicitando orçamento para a compra da vacina, mas que, já prevendo esta escassez a solicitação da entidade de classe pode ser encaminhada à Divisão de Saúde para a realização de estudo neste sentido.”
O processo eletrônico seguiu para o Departamento solicitando estudo para a aquisição da vacina tendo em vista a dificuldade de sua distribuição e as restrições referentes ao grupo de risco.
Passado dois meses do recebimento pela Divisão de Saúde, não obtivemos ainda nenhuma resposta à nossa solicitação. Iremos reiterar a cobrança de providências junto à Regional e ao Departamento (o requerimento do efetivo não pode ser simplesmente ignorado!), frisando a importância no cuidado preventivo com a saúde; segundo o Infectologista Jessé Reis Alves:
“A vacinação contra influenza (gripe) pode ser considerada um paradigma, uma vez que numerosos estudos demonstram sua vantagem em programas de vacinação em empresas. Para se ter uma ideia objetiva dessa questão, há estudos que mostram redução de 25% a quase 40% dos casos de influenza em grupos de trabalhadores vacinados, gerando redução de até 43% nos dias de trabalho perdidos e, consequentemente, também nos custos com absenteísmo.
Além da redução de riscos, do controle de surtos e da diminuição dos custos destinados à saúde do trabalhador, a vacinação traz bem-estar e a sensação de confiança do funcionário e de seus familiares no ambiente de trabalho. Esses fatores tendem a melhorar a imagem da empresa diante de seus clientes.”
E ainda a Professora Eliane Cesário Maluf da Universidade Federal do Paraná – UFPR possui importante trabalho na área do estudo da Vacinação do Adulto/Trabalhador divulgado pela Associação Paranaense de Medicina do Trabalho. Segundo o estudo, não só a vacinação contra a Influenza, mas, no caso específico de policiais, seriam ainda indicadas as vacinas Tríplice Viral, Tríplice Bacteriana, Tétano, Difteria, Hepatite A e B, Varicela, e Meningocócica C.
A equipe do SINPRF-SP tem feito o possível para encaminhar todas as demandas que nos chegam, e cobrar soluções das pessoas responsáveis pelo seu atendimento; muitas vezes, no entanto, nos deparamos com a falta de condições para a solução de um problema, e com escassos meios de pressão, mas vamos continuar cobrando, e divulgando aqui, qualquer andamento.
Abraço a todos e Saudações Sindicais,
Diretoria SINPRF-SP.