Exposição na mídia pode fazer com que Governo reveja cortes

Desde a divulgação das medidas de adequação aos cortes orçamentários na quarta-feira (05/07), a mídia tem tido importante papel na pressão contra a drástica redução. Divulgando a diminuição da fiscalização, dos deslocamentos de viaturas, a suspensão dos atendimentos com helicópteros, e até a redução do horário de atendimento administrativo, a imprensa de todo o país colocou em pauta o erro do Governo ao retirar verbas da PRF.

Oficialmente a FenaPRF – Federação Nacional dos Policiais Rodoviários Federais divulgou nota onde diz que “espera que o Governo Federal repense suas prioridades” http://fenaprf.org.br/nota-em-repudio-ao-contingenciamento-de-verbas-da-prf>, mas na prática o sistema sindical da PRF, por meio dos Sindicatos Regionais, está trabalhado para que esta pressão aumente, concedendo entrevistas e encaminhando aos Deputados que conhecem e acompanham o trabalho da PRF a repercussão negativa desta medida absurda.

O site da Federação compilou hoje uma série destas matérias, que mostram a gravidade da situação http://fenaprf.org.br/imprensa-repercute-contingenciamento-nos-recursos-da-policia-rodoviaria-federal>.

Em São Paulo, o Inspetor Cordelli, que assumiu a Superintendência há apenas 10 dias, divulgou nota onde esclarece que na Regional ainda não haverá fechamento de unidades operacionais, e que o atendimento nos postos ao londo das rodovias continuará sem alteração. O texto ainda afirma que

“(…) a Polícia Rodoviária Federal, em conjunto com Ministério da Justiça e Segurança Pública, já está em tratativas com Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão para uma célere recomposição do orçamento e consequente reestabelecimento dos serviços e normalização da atuação da instituição.”

A estratégia da Direção-Geral de não ter tentado esconder da população a gravidade da redução orçamentária imposta pelo Decreto n. 9.018, de 30 de março de 2017, http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2017/decreto/D9018.htm>, parece já ter começado a dar resultado: um dia depois da grande repercussão negativa, o Governo já começou a dar sinais de que pode ir buscar novas fontes para recompor os cortes.

Em São Paulo o Jornal Estadão, conhecido por sua postura francamente favorável ao Governo Temer (vide Editorial laudatório no dia 12 de maio http://opiniao.estadao.com.br/noticias/geral,um-ano-do-governo-temer,70001775279>), está tentando colocar panos quentes na crise: Governo deve liberar R$ 4 bi para evitar apagão no serviço público http://economia.estadao.com.br/noticias/geral,governo-deve-liberar-r-4-bi-para-evitar-apagao-no-servico-publico,70001878633>

Segundo a matéria:

“A área econômica ainda está definindo quais áreas precisam de mais recursos emergencialmente. Mas, segundo uma fonte, os recursos a serem desbloqueados ficarão no fundo de reserva, que é destinado aos órgãos do governo que têm necessidade financeira imediata. Uma dos ministérios que terão prioridade é o da Justiça, que foi bastante atingido pelo corte.”

Mas não podemos parar até que o orçamento da PRF seja recomposto definitivamente.