SINPRF-SP entrevista o candidato a deputado federal, Inspetor João Bosco
Inspetor João Bosco Ribeiro ingressou no Departamento da Polícia Rodoviária Federal em 1º de novembro de 1979, iniciando seus trabalhos na extinta Delegacia PRF de Jacareí, a qual era responsável pelo trecho da Rodovia Presidente Dutra, de Taubaté a São Paulo. Em Jacareí trabalhou por três anos, sendo transferido para Cachoeira Paulista.
Desempenhando sempre atividade operacional, em 1987 assumiu como Chefe de Equipe Adjunto, atividade que desenvolveu até 1996, ano em que foi convidado para chefiar a 8ªDelPRF em Cachoeira Paulista, permanecendo no cargo até o ano de 2000. No ano de 2003, Inspetor Bosco assumiu a Superintendência da Polícia Rodoviária Federal de São Paulo, desempenhando a função até o ano de 2011.
Entre os destaques que cita de sua gestão, Inspetor Bosco conta que a 6ªSRPRF sempre foi considerada uma das melhores superintendências do Brasil, uma das que mais apresentava retorno. “Fomos a primeira superintendência a criar as equipes táticas nas delegacias e desenvolvemos um trabalho extraordinário tanto combatendo infrações de trânsito quanto a criminalidade, sempre obtendo resultados de destaque em relação ao combate ao tráfico de drogas e de pessoas, à exploração sexual infantil, entre tantos outros.
Conheço e vivi todas as dificuldades que são enfrentadas pela nossa categoria, por isso me sinto apto para representá-la, pois tenho muito orgulho de pertencer a família PRF e quero lutar em busca de tempos de glória para os nossos policiais”, disse.
1- Qual o posicionamento do senhor a respeito da Reforma Previdenciária?
João Bosco Torrada – O Brasil precisa rever várias legislações e instituições, posiciono-me a favor de mudanças que tragam crescimento à nossa Pátria, mas sem tirar direitos de nosso povo. Acredito que tenha déficit previdenciário, acredito que alguns ajustes possam ser necessários, mas acredito muito mais que se transformarmos o Brasil em um país sem corrupção, sem desvio de dinheiro, sem tantos privilégios para poucos, não haverá necessidade de tirar direitos que classes trabalhadoras, como a PRF, conseguiram com tanta luta, trabalhando de sol a sol. Não pactuo com a retirada de direitos de trabalhadores, sendo contra a Reforma Previdenciária da forma que até agora foi apresentada. LUTAREI POR NOSSOS DIREITOS, SEREI A VOZ DA PRF NA CÂMARA DOS DEPUTADOS.
2 – Qual a opinião do senhor a respeito do momento político em que vivemos em nosso País?
João Bosco Torrada – Acredito que desde o fim do regime militar, não tivemos um momento de tanta incerteza e enojamento da política brasileira, a política virou moeda de troca. Temos apenas uma saída, MUDANÇA RADICAL do nosso Congresso, pois mesmo que sem uma definição majoritária para Presidente, podemos ter uma Câmara forte, renovada, com políticos ficha limpa e compromissados com a integridade e a ética com o povo brasileiro. Tenho certeza que devemos olhar por outro prisma, chegamos ao caos e não há outra saída que não uma tomada de decisão, decisão de pessoas de bem, com honestidade e vontade de trabalhar pelo bem comum, que se predispõe a fazer um trabalho pelo povo brasileiro. Chegou a nossa hora de mudar essa situação, temos que tomar a decisão de dizer não a obras inacabadas, a superfaturamentos, projetos que não saem do papel, e dizer sim ao crescimento do Brasil.
3 – Mais uma vez o Governo anuncia a prorrogação da parcela do reajuste salarial dos Policiais Rodoviários Federais. Qual a opinião do senhor sobre essa forma de administrar do Governo Federal, na qual tenta de todas as formas não cumprir acordos que foram exaustivamente discutidos e firmados?
João Bosco Torrada – Acredito que política se faz com homens e mulheres, tendo como foco o povo, e nós Policiais Rodoviários Federais fazemos parte da cota de cidadãos que devem ter honrados seus direitos e acordos. Político tem que ser sinônimo de CONFIANÇA, fez um acordo, esse deve ser cumprido. Estarei todos os dias, bravamente, lutando por nossos direitos, sou terminantemente contra o descumprimento de acordos firmados. O Funcionalismo Público tem direito a correções salariais, não podemos ter nosso salário corroído pela inflação. Se o salário mínimo aumenta todos os anos, por que nosso salário não?
4 – Tendo em vista que a questão de Segurança Pública é uma das maiores preocupações de nossa sociedade. Quais são os seus projetos nessa área?
João Bosco Torrada – Para falarmos em Segurança Pública, temos que primeiramente falar do profissional que faz esse trabalho. Profissionais esses que merecem ser valorizados, sendo esse meu primeiro projeto: criar Planos de Carreira e Plano de Cargos e Salários. Outro projeto seria para impedir a escassez do número de profissionais, onde teríamos uma obrigatoriedade de reposição do quadro ou o aumento do efetivo. Há ainda um projeto que visa o aparelhamento das polícias e o investimento em inteligência. Defendo ainda o projeto, para o controle das fronteiras, visando combater o tráfico de drogas e armas, entre outros que alimentam o crime organizado em nosso País, sendo essa atribuição da Polícia Rodoviária Federal.
5- Qual a opinião do senhor sobre o Ciclo Completo de Polícia para a Polícia Rodoviária Federal?
João Bosco Torrada – O número de crimes no Brasil infelizmente aumenta exponencialmente a cada ano, e apenas 10% deles são solucionados. Acredito que se cada uma de nossas polícias, resguardada a sua área de competência, efetuar o ciclo completo, teríamos mais efetividade e rapidez na elucidação dos crimes. A Polícia Rodoviária Federal está preparada para assumir o ciclo completo, pois já possui uma estrutura administrativa, ostensiva e de inteligência para contribuir no combate ao crime organizado. A Polícia Rodoviária Federal está preparada e aparelhada para executar mais essa atribuição em prol de nossa sociedade. Como representante desta Instituição estarei junto para mais essa conquista.
6- A Polícia Rodoviária Federal encontra-se atualmente com uma grande defasagem em seu efetivo, além de muitos PRFs que se encontram em abono permanência e, muitos outros, próximos de completarem seu tempo para aposentadoria. E apesar deste cenário, é a polícia que mais realiza apreensões. Qual a análise que o senhor faz deste cenário e quais medidas o senhor visualiza como imprescindíveis para o fortalecimento de nossa Instituição.
João Bosco Torrada – Realmente é um cenário preocupante, pois vislumbro a sociedade mais vulnerável uma vez que é fato que a PRF apresenta números de apreensões bem acima das outras instituições policiais. Acredito que a grande mudança passa pela valorização da PRF e de seus policiais, mostrando à sociedade e governo o trabalho e o valor da PRF, pois somente assim teremos mais investimentos em efetivo, armamentos, carros e aparelhamento para inteligência. Por isso precisamos de representantes PRFs no Congresso.
7 – Somos conscientes sobre a importância dos Policiais Rodoviários Federais se unirem para eleger representantes políticos que defendam os interesses da categoria. Fale-nos um pouco sobre esse novo desafio que é o senhor se colocar à disposição da categoria, disputando essa eleição como candidato a Deputado Federal.
João Bosco Torrada – Em prol de nossa Instituição não é um desafio, mas sim uma necessidade. A PRF será mais forte e valorizada, tendo suas lutas reconhecidas se tivermos uma bancada formada por Policiais Rodoviários Federais, e para que isso aconteça, precisamos desta união. Pois somente atingiremos nossos objetivos quando estivermos unidos e coesos em prol do que acreditamos e entendemos que vale a pena lutar. Estou aqui nesse momento com uma bandeira definida que é lutar pelo fortalecimento e valorização da Polícia Rodoviária Federal e de seus policiais. Além de lutar sempre para que todo cidadão tenha direitos e dignidade.
Conto com a união de todos para que possamos fazer a diferença, atingirmos nossos objetivos e o fortalecimento da PRF.