Reforma da Previdência é aprovada definitivamente pelo Senado
A reforma da Previdência foi definitivamente aprovada no Senado, na última quarta-feira (23). “Aos 49 minutos do segundo tempo”, como disse o senador Esperidião Amin (PP-SC) e contou com uma última alteração ao texto da Proposta de Emenda à Constituição 6/2019: a retirada do “enquadramento por periculosidade” da proposição, já que a inserção da expressão na Carta Magna poderia impedir os trabalhadores que exercem atividades perigosas de tentar obter a aposentadoria especial na Justiça. A proposta agora segue para o Congresso Nacional, onde será promulgada em sessão, que deve ocorrer até o dia 19 de novembro e deverá contar com a presença do presidente Jair Bolsonaro, segundo afirmou o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, em publicação feita em seu Twitter.
Aposentadoria especial
O acordo envolveu líderes partidários do governo, o presidente Davi Alcolumbre e o secretário especial da Previdência, Rogério Marinho, com o objetivo de permitir a modificação do texto, a partir de um destaque apresentado pelo Partido dos Trabalhadores e aprovado no Plenário. A redação anterior da PEC 6/2019, ao tratar de aposentadorias decorrentes de atividades que sejam exercidas com exposição a agentes nocivos, químicos, físicos e biológicos ou prejudiciais à saúde, proibiria a concessão do enquadramento por periculosidade. Isso praticamente impediria a concessão de aposentadoria especial para trabalhadores em atividades perigosas.
A negociação retirou a expressão e a vinculou à elaboração de um projeto de lei complementar, para regulamentar definitivamente quais atividades devem ser enquadradas como perigosas, o que vai também diminuir a insegurança jurídica e a briga na Justiça por esse direito, que era um dos objetivos do Executivo com a reforma.
De acordo com o secretário especial da Previdência, Rogério Marinho, o governo vai preparar esse projeto e deve enviar para o Senado o mais rápido possível. “Esse projeto vai definir quais são os critérios de concessão para evitar essa judicialização, que hoje chega a quase 70% das concessões de aposentadorias especiais no país”, explicou Marinho.
O senador Paulo Paim (PT-RS), que encerrou a sessão e promulgou o resultado da votação do destaque, mencionou que a reforma da Previdência ainda não terminou, já que a PEC Paralela (PEC 133/2019) está na pauta e poderá aperfeiçoar a proposta, e o PLP da periculosidade também precisa ser votado.
Confira os votos dos senadores:
Senadores de São Paulo
José Serra (PSDB-SP) – Sim
Major Olímpio (PSL-SP) – Sim
Mara Gabrilli (PSDB-SP) – Sim
Senadores de outros Estados
Acir Gurgacz (PDT-RO) – Não
Alessandro Vieira (Cidadania-SE) – Sim
Álvaro Dias (Podemos-PR) – Sim
Ângelo Coronel (PSD-BA) – Sim
Antonio Anastasia (PSDB-MG) – Sim
Arolde de Oliveira (PSD-RJ) – Sim
Carlos Viana (PSD-MG) – Sim
Chico Rodrigues (DEM-RR) – Sim
Cid Gomes (PDT-CE) – Não
Ciro Nogueira (PP-PI) – Sim
Confúcio Moura (MDB-RO) – Sim
Daniella Ribeiro (PP-PB) – Sim
Dário Berger (MDB-SC) – Sim
Davi Alcolumbre (DEM-AP) – Presidente (não votou)
Eduardo Braga (MDB-AM) – Sim
Eduardo Girão (Podemos-CE) – Sim
Eduardo Gomes (MDB-TO) – Sim
Eliziane Gama (Cidadania-MA) – Não
Elmano Férrer (Podemos-PI) – Sim
Esperidião Amin (PP-SC) – Sim
Fabiano Contarato (Rede-ES) – Não
Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE) – Sim
Fernando Collor (Pros-AL) – Não
Flávio Arns (Rede-PR) – Sim
Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) – Sim
Humberto Costa (PT-PE) – Não
Irajá (PSD-TO) – Não
Izalci Lucas (PSDB-DF) – Sim
Jader Barbalho (MDB-PA) – Sim
Jaques Wagner (PT-BA) – Não
Jarbas Vasconcelos (MDB-PE) – Sim
Jayme Campos (DEM-MT) – Sim
Jean Paul Prates (PT-RN) – Não
Jorge Kajuru (Cidadania-GO) – Sim
Jorginho Mello (PL-SC) – Sim
José Maranhão (MDB-PB) – Sim
Juíza Selma (Podemos-MT) – Sim
Kátia Abreu (PDT-TO) – Sim
Lasier Martins (Podemos-RS) – Sim
Leila Barros (PSB-DF) – Não
Lucas Barreto (PSD-AP) – Sim
Luís Carlos Heinze (PP-RS) – Sim
Luiz do Carmo (MDB-GO) -Sim
Mailza Gomes (PP-AC) – Sim
Marcelo Castro (MDB-PI) – Sim
Marcio Bittar (MDB-AC) – Sim
Marcos do Val (Podemos-ES) – Sim
Marcos Rogério (DEM-RO) – Sim
Maria do Carmo Alves (DEM-SE) – Sim
Mecias de Jesus (Republicanos-RR) – Sim
Nelsinho Trad (PSD-MS) – Sim
Omar Aziz (PSD-AM) – Sim
Oriovisto Guimarães (Podemos-PR) – Sim
Otto Alencar (PSD-BA) – Não
Paulo Paim (PT-RS) – Não
Paulo Rocha (PT-PA) – Não
Plínio Valério (PSDB-AM) – Sim
Randolfe Rodrigues (Rede-AP) – Não
Reguffe (Podemos-DF) – Sim
Renan Calheiros (MDB-AL) – Não
Roberto Rocha (PSDB-MA) – Sim
Rodrigo Cunha (PSDB-AL) – Sim
Rodrigo Pacheco (DEM-MG) – Em missão
Rogério Carvalho (PT-SE) – Não
Romário (Podemos-RJ) – Sim
Rose de Freitas (Podemos-ES) – Sim
Sérgio Petecão (PSD-AC) – Sim
Simone Tebet (MDB-MS) – Sim
Soraya Thronicke (PSL-MS) – Sim
Styvenson Valentim (Podemos-RN) – Sim
Tasso Jereissati (PSDB-CE) – Sim
Telmário Mota (Pros-RR) – Sim
Vanderlan Cardoso (PP-GO) – Sim
Veneziano Vital do Rêgo (PSB-PB) – Não
Wellington Fagundes (PL-MT) – Sim
Weverton (PDT-MA) – Não
Zenaide Maia (Pros-RN) – Não
Zequinha Marinho (PSC-PA) – Sim