Unimed Fesp anuncia reajuste de 16,5%
Na última semana, os sindicalizados do SINPRF-SP foram informados pela Unimed Fesp, que o plano de saúde coletivo da categoria terá um reajuste de 16,5%, o que tem gerado grandes dúvidas por parte dos associados.
Atualmente os planos de saúde coletivos, que representam mais de 80% do mercado de saúde suplementar no país, com mais de 47 milhões usuários e que não possuem regulação do reajuste por parte da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), anunciaram reajustes de até três vezes maior que o definido pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) para os planos de saúde individuais, de 7,35%.
A operadora do plano de saúde, que atende os sindicalizados do SINPRF-SP, explicou que como o plano é coletivo e o contrato é por adesão, os reajustes são feitos com base nas regras da ANS e calculado levando em consideração os índices de sinistralidade, inflação médica, além dos custos gerais do contrato.
Ainda segundo eles, algumas questões foram decisivas para o aumento, como o maior índice de sinistralidade, devido ao grande número de associados que possuem uma faixa etária maior, e que sofreu grande aumento devido a portabilidade de usuários de outros planos, que possuem mais idade e optaram pelo plano da Unimed Fesp, seja devido seu baixo valor em comparação com os demais ofertados ou devido ao fechamento de várias Unimeds pelo país.
Alguns questionamentos foram feitos sobre a possibilidade da administradora do plano não aceitar novos associados por meio da portabilidade. Sobre este quesito a administradora do plano nos informou que devido ao fato do plano ser coletivo e por adesão, a empresa não pode recusar a portabilidade de nenhuma pessoa, desde que haja elegibilidade, ou seja, que o associado seja um Policial Rodoviário Federal.
O presidente do SINPRF-SP, Fábio Luís de Almeida, explica que devido ao fato do plano de saúde ser coletivo, todos pagam pelos gastos uns dos outros e como a massa é composta por muitos associados com mais idade e que possuem uma maior sinistralidade, o custo acaba sendo repassado para os beneficiários. “Em um plano coletivo um paga pelo outro. No nosso grupo tivemos mais de 12 casos de oncologia, doenças terminais, internações, todas glosadas ao máximo para diminuir a sinistralidade e tentar manter os melhores valores. Durante o ano tentamos buscar outras operadoras para tal intento, mas quando da análise da massa (faixa etária, profissão de risco, etc…) a precificação fica muito acima da atual tabela”, explicou o presidente.
Fatores que determinam o reajuste do plano de saúde
1) Inflação médica – diferente da inflação oficial e divulgada pela ANS para fins de balizamento das relações entre operadoras de planos de saúde e consumidor final em caso de plano coletivo ou individual);
2) Sinistralidade – o que no caso do plano Unimed apresentou alta expressiva com diversos casos de oncologia, doenças graves, um caso de transplante de medula, um de paraplegia, além de internações por longos períodos em UTI;
3) Aumento da idade da massa – considerando que tivemos expressiva alta de migração de outros planos através de portabilidade devido à alta dos preços muito acima do plano Unimed nos demais planos).