Presidente do SINPRF-SP participa de reunião com Diretor-Geral da PRF
O presidente do SINPRF-SP, Fábio Luís de Almeida, juntamente com os demais presidentes dos sindicatos PRFs e o presidente da FenaPRF, Dovercino Neto, participou de reunião realizada na manhã desta sexta-feira (16), com o Diretor-Geral da PRF, Silvinei Vasques, na sede da FenaPRF, em Brasília.
Em sua fala, Fábio Luís destacou a gestão da pandemia por parte do Departamento, apontando a insistência em minimizar a pandemia e o negacionismo por parte de alguns gestores, que insistiam com a realização de TAF, CAP presencial e operações numerosas, que mobilizaram policiais de vários Estados e que resultaram em inúmeros casos de contágio de policiais por covid 19, em um dos momentos mais preocupantes da pandemia, em localidades que nem possuíam EPIs e sequer a mínima condição da rede de saúde pública de atendimento. “Observamos nos últimos tempos ações por parte do Departamento que demonstram cabalmente falta de empatia e alguns equívocos na gestão de pessoas. Uma das questões que mais tocam negativamente neste aspecto são as questões relacionadas à pandemia. Diante desse quadro caótico da saúde pública, com um país com desigualdades abissais, o que se espera do gestor é a sensibilidade para que tome ações que visem preservar o bem maior da instituição: o PRF. Isto é empatia, é atitude de liderança”, explicou.
Outro ponto abordado pelo presidente do SINPRF-SP foram as respostas evasivas e a falta de respostas do DPRF aos questionamentos do Sistema Sindical. “Ofícios muito bem redigidos e pensados de maneira assertiva por parte de alguns sindicatos como o de São Paulo, Rio Grande do Sul e da própria FenaPRF, em defesa da preservação da vida de nossos policiais, sequer foram respondidos ou foram respondidos de forma evasiva e pouco eficiente. Foi preciso recorrermos a busca por uma solução judicial, para algo que o senso comum determinava como sendo o mínimo: a postergação de ações desse tipo”, enfatizou.
O presidente Fábio Luís também relatou que o Sistema Sindical PRF sempre se portou de forma proativa, isenta e pragmática, e que por vezes, foi ignorado e desconsiderado, citando o episódio em que o DPRF alegou, em reposta aos ofícios do Sistema Sindical, que questionavam os números da pandemia, que as informações eram estratégicas, sendo que no dia seguinte foi publicado na rede social particular de gestor os referidos números. “Trata-se de um ato reprovável, pois não se disponibilizou esses dados aos representantes de classe, que buscam o bem-estar coletivo, para posteriormente publicá-los em rede social particular. A não divulgação da causa mortis dos servidores é pior do que divulgação alguma ao público externo, pois cria um cenário de que a pandemia não existe e que nós PRFs somos imunes”, disse.
A respeito da vacinação dos PRFs, Fábio Luís explicou que esta foi uma incessante busca por parte dos representantes sindicais em todas as instâncias governamentais, mas que a imunização só teve início aos servidores por ações localizadas. “Não foi algo engendrado pelo Departamento de Polícia Rodoviária Federal ou pela gestão pública em nível federal, foi um trabalho incessante dos representantes de classe. Em São Paulo a totalidade de PRFs foi vacinada em função de uma ação política regional, mas ainda temos Estados em que um número muito reduzido de PRFs foi vacinado até este momento, locais onde essa questão não foi totalmente pacificada, sendo necessário a implementação de ações por parte da gestão do DPRF que contemplem a vacinação de todos os nossos policiais o mais breve possível”, explicou.
O Diretor-Geral se mostrou aberto ao diálogo e afirmou que irá construir pontes visando a busca de melhores condições de trabalho para os Policiais Rodoviários Federais.
O presidente do SINPRF-SP finalizou desejando ao Diretor-Geral, Silvinei Vasques, sucesso e a certeza de que pode contar com o Sistema Sindical na busca por soluções que visem o bem-estar, o engrandecimento e a valorização dos Policiais Rodoviários Federais. “Sucesso em nome de todo o Conselho de Representantes e desejamos que essas questões relacionadas à pandemia tenham um trato mais assertivo e que nós tenhamos resultados mais efetivos em prol da nossa categoria”, finalizou Fábio Luís.