Em ato interministerial, mesa permanente de negociação entre servidores e Governo Federal é reaberta
O Governo Federal, reabriu, nesta terça-feira (07), a mesa permanente de negociação com os servidores públicos federais. O ato aconteceu no auditório do Ministério de Gestão e Inovação e contou com a presença de diversos ministros de Estado, além de todas as centrais sindicais e diversas outras entidade sindicais.
A anfitriã do evento, ministra Esther Dweck, deixou claro que a partir de agora as entidades representativas terão a oportunidade de manter diálogo permanente com o Governo Federal. O escolhido para a função de receber as demandas das categorias de servidores públicos é Sérgio Mendonça, economista que é secretário de Gestão de Pessoas e Relações de Trabalho da pasta. Mendonça é um velho conhecido dos sindicalistas e líderes classistas, por já ter ocupado o posto de negociador em oportunidades anteriores no Ministério do Planejamento.
Apesar do clima de animação pelo retorno às negociações, Dweck deixou claro que a negociação neste primeiro momento está limitada a valores do orçamento aprovado no governo anterior, de R$11,7 bilhões. Apesar disso, os servidores buscam aumentar estes valores, estudando melhor o orçamento federal e achando espaços para melhorias nos valores da recomposição.
A ministra afirmou que dará agilidade à negociação, Ester se comprometeu a se reunir com os servidores públicos antes do carnaval para discutir um acordo por um porcentagem de reajuste aos servidores públicos federais do poder executivo o mais rápido possível.
Defasagem salarial
A resistência das entidades de classe aos índices anunciados desde o governo Bolsonaro se dá pelo fato de os servidores não terem reajustes há pelo menos seis anos. A maior parte das categoria acumula uma defasagem salarial de 26%, em outras o índice pode chegar a até 40% de diminuição dos proventos.
O Fórum das Entidades Nacionais dos servidores Públicos Federais (Fonasefe) e o Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas do Estado (Fonacate), que a FenaPRF integra, defendem que além de um índice maior, o período de pagamento seja realizado em uma única parcela ou em período menor.
“Da forma como está, além de não resolver de uma vez a defasagem salarial, nós perderemos poder de negociação com o Governo para os próximos anos, quando o espaço orçamento poderá estar melhor do que agora”, explica Dovercino Neto, presidente da FenaPRF.