Representantes do SINPRF-SP participam de Audiência Pública sobre Ciclo Completo de Polícia

  O vice-presidente do SINPRF-SP, Denílson Moura da Silva e o membro do Conselho Fiscal, Paulo Rogério de Souza, participaram no último dia 12, de Audiência Pública realizada pela Comissão Especial que debate na Câmara dos Deputados a ampliação da competência das polícias para investigação.

  O encontro, realizado no Salão Nobre da Câmara dos Deputados, discutiu a implementação do ciclo completo de polícia.

  No Brasil, a Polícia Militar faz a prevenção ao crime e a Polícia Civil investiga. Apenas a Polícia Federal tem funções de polícia administrativa e investigativa, o que a doutrina chama de “polícia de ciclo completo”.

  Para o juiz do Tribunal de Justiça Militar de São Paulo, João Roth, o Brasil está entre as piores posições do mundo em impunidade devido à ineficiência da investigação, que, segundo ele, se deve ao monopólio de investigação. De acordo com Roth, o modelo nacional é ultrapassado.

  “O ciclo completo existe em todo o mundo. O Brasil é exceção. Então, algo está muito errado, porque há décadas temos os piores índices de investigação”, acredita. “As 50 cidades mais violentas do mundo estão aqui. O Brasil concentra 11% dos homicídios dolosos no planeta, ao passo que a população brasileira corresponde a 2,7% da população do mundo”, explica Roth.

  Novos debates

  O relator da comissão especial sobre o tema, deputado federal Paulo Ganime (Novo-RJ), diz que haverá outras reuniões para ampliar o debate, além de seminários nos estados. Ganime avalia que, até o fim do semestre, será possível apresentar um relatório.

  A audiência foi presidida pelo deputado federal Subtenente Gonzaga (PDT-MG), que também é coordenador da Frente Parlamentar em Apoio à Adoção no Brasil do Ciclo Completo de Polícia.