A importância dos cuidados preventivos e medidas  terapêuticas na prevenção de infartos

A importância dos cuidados preventivos e medidas terapêuticas na prevenção de infartos

  Nas últimas semanas a família PRF sofreu a perda de amigos queridos, e um ponto em comum entre essas perdas nos traz a importância de refletirmos sobre um tema: o infarto.

  Segundo estimativas da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), as doenças cardiovasculares são as doenças que mais matam no Brasil e em todo o mundo. Só no Brasil, até a data desta sexta-feira, 12 de fevereiro, foram contabilizados mais de 47 mil óbitos, de acordo com o cardiômetro (indicador do número de mortes por doenças cardiovasculares no Brasil, criado pela SBC.

  Ainda segundo esses dados, são contabilizadas mais de 1100 mortes por dia, cerca de 46 por hora, 1 morte a cada 1,5 minutos.

  De fato, os dados são preocupantes, mas são de extrema necessidade para cumprirmos nossa missão de alertar. A boa notícia é que muitas dessas mortes poderiam ter sido evitadas ou postergadas com cuidados preventivos e medidas terapêuticas.

  Ainda de acordo com a Sociedade Brasileira de Cardiologia os fatores de risco são: uso de bebidas alcoólicas, colesterol elevado, diabetes, estresse, hipertensão, sedentarismo, obesidade, tabagismo além de histórico familiar de infarto.

  Você sabe qual é a diferença entre infarto e ataque cardíaco?

  Muitas pessoas confundem infarto do miocárdio com ataque cardíaco. Na verdade, o último termo é bem mais abrangente. Várias complicações além do infarto podem resultar em um ataque cardíaco, inclusive a parada cardíaca, geralmente provocada por uma arritmia, que é a disfunção elétrica que faz o coração bater de forma desregulada e tem diversas causas. O infarto nem sempre leva imediatamente a uma parada cardíaca, mas, em alguns casos, pode provocar uma arritmia maligna e, aí sim, o coração pode parar de bater.

  Por razões que envolvem fatores genéticos e estilo de vida, o calibre das artérias pode se reduzir, ao longo do tempo, pelo acúmulo de placas de gordura, colesterol e outras substâncias (ateroma). Esse processo, conhecido como aterosclerose, começa cedo na vida da pessoa e envolve uma reação inflamatória. Quando o comprometimento ameaça o coração, dizemos que a pessoa tem doença arterial coronariana (DAC), uma condição crônica e progressiva .

  Tipos de infarto:

  Os especialistas consideram cinco tipos de infarto do miocárdio:

 Tipo 1 – O mais comum, que envolve uma ruptura na placa de ateroma e formação de trombo, como explicado acima.

 Tipo 2 – Há um prejuízo na irrigação do miocárdio em decorrência de alguma condição grave, por exemplo: pressão muito alta ou muito baixa, anemia profunda, ou após cirurgias em outras partes do corpo.

 Tipo 3 – É o que cursa para morte súbita, porque a necrose atinge uma área extensa rapidamente, ou gera uma arritmia grave. É também chamado “infarto fulminante”.

 Tipo 4 – É o que ocorre após uma angioplastia.

 Tipo 5 – É o que ocorre após uma cirurgia de revascularização do miocárdio.

 Prevenção

  O controle da pressão arterial, do nível de colesterol e açúcar no sangue, o combate ao tabagismo e ao sedentarismo são os pilares da prevenção da doença coronária e, consequentemente, do infarto do miocárdio. Aprender a gerenciar o estresse, dormir bem e cultivar o lazer também são medidas muito importantes. Outro importante fator de prevenção é a detecção precoce. Desta forma se consultar com um médico cardiologista e realizar exames de rotina é de extrema importância, principalmente se a pessoa tiver um ou mais fatores de risco para doença coronariana. Atitudes como estas podem evitar um infarto.

 Sintomas:

  Quando a obstrução afeta um pequeno ramo da coronária, atingindo uma área pequena e periférica do músculo cardíaco, o infarto pode ser assintomático (ou silencioso). O mais comum, porém, é que a pessoa tenha uma combinação de sintomas, que surgem de repente. O primeiro costuma ser a dor ou aperto no peito, que se irradia para o queixo ou ombro e braço esquerdos. Mas as mulheres e idosos podem não ter essa manifestação típica, ou confundi-la com dor de estômago, azia ou dor nas costas.

  Fique atento se tiver:

  Dor aguda no peito, que perdura por mais de 20 minutos e pode se irradiar para pescoço, mandíbula, costas, braço ou ombro esquerdo (também pode se manifestar como queimação, sensação de peso ou aperto no peito e formigamento no braço);
  Náuseas e/ou vômito;
  Sudorese, suor frio;
  Falta de ar (mais frequente em idosos);
  Cansaço extremo ou fraqueza;
  Tontura;
  Desmaio;
  Ansiedade.

  No caso da pessoa apresentar esses sintomas deve procurar socorro médico imediatamente.